quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Asas














Não consigo apalpar meu próprio coração...
Caóticamente pensante, não existo neste momento...
Sou um ator inconscientemente consciente...
Estou me perdendo, e não tenho lugar para simplesmente chorar...
Cercado estou, não consigo sobreviver...
...é uma fadiga que asfixia-me...
...é uma fraqueza que desenverníza-me...

Minhas lágrimas escorrem inversamente,
Meu medo é menor que minha dor,
Minha silhueta não possui esboço,
Meu suor não possui cor...

Soterrado na angústia, acabo de morrer...

(...)

Em algum lugar,
De alguma forma,
Por algum motivo,
Sinto que talvez eu esteja protegido por algum feixe de luz...

Este que morre, não vive dentro de mim...
Eu, que sou meu próprio coração,
Apenas preciso de ajuda,
Para morar de forma plena, no templo que me foi dado...

...Talvez eu precise que uma borboleta, empreste suas asas...

                                                                                               Christian Felix