Vida.
Criar a
vida.
O mistério
mais angustiante e sublime de todos.
O néctar do
amor.
O equilíbrio
que faz levitar.
A ausência
de tudo e do nada.
O início e o
fim.
O não e o
sim.
O lugar onde
só Deus pode habitar.
Ser Mãe, é a
permissão de, no ato de gerar a vida, ser ele próprio.
É estar no
cerne, no néctar, no impalpável.
É sentir a
energia que move e rege o universo.
É ser sol, e
querer aquecer o mundo,
É ser lua, e
querer, iluminar a escuridão.
É ser
estrela, e brilhar mesmo após sua morte.
Se as mães
são anjos celestiais,
Seria o
próprio Deus, abelhinhas, golfinhos, cãezinhos,
Borboletas,
Quanto mais o céu, as árvores, e o mar?
Seriam
então, as mães,
Irmãs da natureza?
Ou uma
extensão e continuação do mesmo ninho?
O dom é
inato.
O véu da
ancestralidade se rompe e se faz novo.
Será que
existe como explicar, o ato de dar a luz a uma cria semelhante a ti?
Onde as
mamães habitam, naquele exato momento?
No estágio
Deus de ser, gerando a vida,
Onde elas
estão?
O que
sentem?
Qual a
sensação de apalpar o infinito?
Algumas mães
vivenciam esse estágio divino,
E por
questões da natureza,
Da loucura
do próprio humano,
Ou até mesmo
por conta do destino,
Deixam
escorrer pelas mãos,
Os fios do
amor incondicional.
Outras,
porém,
Agarram com
tanta força
Que conseguem
eternamente manifestar
A complexidade
espiritual e sagrada do amor
E cuidam de
seus filhos
Com tudo que
há de mais belo dentro de si.
Imagino que,
Nem elas
mesmas consigam explicar
Pois nem o formoso
corpo que carregam suas almas,
Suportam
tamanha infinitude.
Porém, devem
ser eternamente gratas,
Pela sensação
incomensurável de ser
Um canal
aberto,
Uma ponte,
Entre a
nudez humana e a divina
Um caminho
de flores
Do próprio
amor
Para o
celeste-infinito-amor.
Christian Felix
que linda essa foto! lembro-me!
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